Covid: Tudo o que você precisa saber sobre o passaporte vacina

O passaporte vacina já foi adotado por mais de 250 cidades brasileiras e também no exterior. Você sabe como ele funciona?

A realização de shows, feiras e congressos estão aos poucos retornando e, a fim de minimizar os impactos da Covid-19 com a flexibilização dessas atividades, algumas cidades brasileiras estão adotando o chamado “passaporte vacina”.

Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontou que quatro em cada dez cidades brasileiras estão enfrentando dificuldades para a conclusão do esquema vacinal da população. Assim, o “passaporte da vacina” tem como objetivo estimular a imunização da população.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 8,5 milhões de brasileiros deixaram de tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. O maior número de faltosos está concentrado em São Paulo, com 1,69 milhão, seguido do Rio de Janeiro, com 1,06 milhão e Minas Gerais, com 1,02 milhão.

Como funciona o passaporte vacina?

As regras referentes ao passaporte vacina variam de um local para outro. A medida está ativa desde 1° de setembro em São Paulo e 15 de setembro no Rio de Janeiro. Outros estados, como Espírito Santo, Amazonas e Ceará também adotaram regras semelhantes.

Em São Paulo, por exemplo, o passaporte vacina funciona pelo aplicativo e-saúdeSP. O recurso digital vale como comprovante de vacinação. Este deve ser apresentado em eventos na cidade com público superior a 500 pessoas.

Já no Rio de Janeiro, o comprovante será necessário para locais de uso coletivo, como academias, estádios e ginásios esportivos, cinemas, exposições, dentre outros. No estado, a comprovação poderá ser feita pela certificação digital da plataforma ConecteSUS, ou mediante apresentação do comprovante, ou caderneta de vacinação.

Acompanhando o cenário

Infectologistas apontam que o ritmo das flexibilizações devem acompanhar os cenários epidemiológicos. Ou seja, avançam ou retrocedem de acordo com o número de casos e óbitos em cada cidade.

Entretanto, a ideia pode ser benéfica diante da dificuldade de promover uma flexibilização mais lenta de medidas restritivas. Isso porque, do ponto de vista de transmissão, colocar pessoas com duas doses de vacina em um ambiente diminui consideravelmente a probabilidade dessa pessoa estar doente ou pegar a doença.

Vale destacar que ainda estamos em um momento que precisa de atenção, por causa da variante Delta, que é mais transmissível. Na prática, é difícil fazer o controle, por isso, todo cuidado é pouco. Assim, o passaporte vacina deve ser combinado com as medidas já conhecidas, como o uso de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos com regularidade.

Mesmo com a flexibilização, o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, aponta que grandes eventos devem ser evitados. Mesmo com a vacina, estamos com alta circulação do vírus e introdução da variante, aponta ele.

Assim, o mesmo afirma que a implementação do passaporte deve ser feita apenas em eventos testes, para fins de avaliação científica.

Patrícia Ruiz – COREN- SP 226-788 – Enfermeira Responsável Técnica. Concluiu a graduação de Enfermagem em 2009 na universidade UNIP – Sorocaba. Atua desde 2017 no Dr. Vacina.

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